A Comissão de Saúde contou com a presença da secretária de saúde, Valéria Machado, e de dois servidores da pasta para debater a frota de ambulâncias do Município. Segundo ela, os alugueis emergenciais que passaram a ser adotados neste mês geraram economia e ajudaram a diminuir o déficit de ambulâncias, mas o problema ainda existe.
“Antes, tínhamos um gasto para alugar ambulâncias por viagem, por R$ 6 mil, R$ 9 mil. Nós acabamos com isso. Estamos com um gasto mensal de R$ 74 mil, mas estávamos com R$ 300 mil nos primeiros meses. Era isso que vinha acontecendo no ano passado”, afirmou. “No volume de hoje, precisamos de mais duas de Samu, três de viagem para ficar mais tranquilo”.
Valéria também lembrou que duas ambulâncias de viagem estão paradas, sem motor, após um entrave judicial com uma antiga prestadora de serviços. Apesar desse problema, ela fez uma análise positiva do início de trabalho, afirmando que as demandas de atendimento vem sendo melhor atendidas em relação ao ano passado.
“A gente construiu muita coisa nesses três, quatro meses e a população está muito melhor assistida com os carros. Nós estamos assistindo. E já estamos de olho nos terceirizados, preparando um processo licitatório com um crivo muito melhor de qualidade, com tempo máximo de validade para os carros”.
Cooperativas de catadores
A reunião da Comissão de Direitos Difusos também teve convidados, com a presença do secretário de recursos hídricos e meio ambiente, Paulinho Saponga, e representantes das cooperativas Santa Maria e Coopersel, que prestam serviços à Prefeitura por meio do Itapeva Recicla.Coordenador do Movimento Viva Janaína Alves e do Itapeva Recicla, Kiko Stuart revelou que após identificarem disparidades entre os resultados das duas cooperativas, a situação foi apresentada aos cooperados do grupo deficitário, que identificaram problemas de gestão por parte da antiga direção e formaram uma nova diretoria.
Segundo Stuart, esse processo aconteceu sem influência do Itapeva Recicla, que apenas exerce papel consultivo e de suporte às duas entidades. “Eu apareço mais na sociedade que a própria cooperativa, porque eu faço um papel de interlocutor, então tem pessoas que acham que eu mando nas cooperativas, mas eu só apareço lá quando o calo aperta e eles têm dúvidas”.
Consultora do Itapeva Recicla, Flávia Machado ressaltou que os erros na direção da cooperativa não representaram prejuízo ao patrimônio público. “Não houve desvio de dinheiro público, dos valores repassados à cooperativa pela prestação de serviços. Os relatórios de prestação de contas são minuciosos (...) Hoje, todos os cooperados entendem seus direitos e deveres. Se acontecer outra irregularidade, agora eles sabem o caminho. Não é uma cooperativa de fachada, familiar, são cooperativas que trabalham, com pessoas que precisam e são honestas”.
Matérias encaminhadas para votação
Além disso, as comissões também encaminharam três projetos de lei, que seguem para votação em dois turnos no Plenário. Os projetos criam a Política Municipal de Transparência de Emendas Parlamentares e o Conselho Municipal do Bem-Estar; e garantem o fornecimento de aparelho e insumos para monitoramento contínuo da glicemia no SUS em Itapeva.Também foi encaminhado um projeto de resolução, que insere os temas relacionados à habitação na responsabilidade da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Atividades Privadas e Desenvolvimento Urbano. Como se trata de tema interno da Câmara, essa matéria depende de votação em turno único.